quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Uma Nova História

O país entra numa nova era! A aprovação da Nova Constituição da República de Angola e a consequente nomeação do novo elenco governamental, guardadas as devidas particularidades, tem para o país o mesmo significado que teve para o Mundo a queda do Muro de Berlim em 1989, dando lugar a alteração de paradigmas que regiam as relações internacionais durante Guerra Fria. Jamais o mundo foi o mesmo. Aquele acontecimento inaugurou uma Nova Ordem unipolar, não só com o fim do Sistema Socialista Mundial e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mas porque surge na cena mundial um novo jogar, os actores não-estatais.
Foi um acontecimento marcante, crucial, mas poucos haviam dado por isso, nem mesmo muitos estudiosos de Relações Internacionais conseguiram perceber o alcance e a profundidade das mudanças que se anunciavam.
Ao nos atermos aos últimos pronunciamentos de Sua Excelência o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, antes e depois da Aprovação da Constituição da República, pondo fim ao longo processo de transição, percebe-se uma acentuada preocupação com a estabilidade política, o desenvolvimento económico e a segurança nacional.
Nada mais será como antes! Haverá, segundo as palavras do Presidente, um “corte” vertical com o passado, apostando afincadamente no trabalho, na transparência, na disciplina e na organização e no melhoramento do bem-estar das populações.
Destaca ainda a importância no melhoramento da gestão das finanças públicas e a criação de condições para a moralização da sociedade através da criação da Lei sobre probidade administrativa, que “No senso comum, quer dizer honestidade, honradez e integridade de carácter”. Sublinhando que a probidade administrativa define os deveres e a responsabilidade e obrigações dos servidores públicos na sua actividade quotidiana, de forma a assegurar-se a moralidade, a imparcialidade e a honestidade administrativa.
Portanto, há claramente um virar de página, sendo todos os angolanos, sem distinção de qualquer espécie, chamados a participar com dedicação e espírito de sacrifício. Pois cada um tem de fazer a sua parte na construção do bem-estar comum. E só juntos poderemos alcançar as metas anunciadas pelo Presidente da República. Cada um deve assumir essa meta como sua trabalhando mais e melhor!
Para a moralização da sociedade, os meios de comunicação sociais terão com certeza um papel inquestionável nessa empreitada. E ela terá de assumi-lo com responsabilidade, profissionalismo e acima de tudo com honestidade, ajudando a sociedade no processo de monitoramento da gestão da coisa pública.
Conforme vários estudos à respeito: - Administração Pública não exerce suas actividades e direitos com a mesma autonomia e liberdade com que os cidadãos particulares exercem os seus. Enquanto a actuação dos cidadãos particulares baseia-se no princípio da autonomia da vontade, a actuação do Poder Público é orientada por princípios como o da legalidade, da supremacia do interesse público sobre o privado e da indisponibilidade dos interesses públicos.
A clara distinção entre o público e o privado evita a promiscuidade a que o Presidente José Eduardo dos Santos se referiu em anos anteriores. É com este princípio que cada gestor ou seja servidor público deve proceder no exercício das suas tarefas, para que as perspectivas que se avizinham para o país venham a ser concretizadas de facto.
“O Fim da História”, é assim que o americano Francis Fukuyama considerou a queda do Muro de Berlim. Para os angolanos, com a nova Constituição inicia-se uma Nova História! Quem não acordar, será jogado com a água do banho!

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