quinta-feira, 5 de agosto de 2010

DE VOLTA À BOA-ENTRADA

A Associação dos Naturais e Amigos da Boa-Entrada (C.A.D.A) realiza entre os dias 13 e 15 de Agosto de 2010 a 3ª Excursão à aquela localidade situada no município do Amboim província do Kwanza-Sul.
Com partida prevista para às 8 horas de sexta-feira, 13, a concentração dos excursionistas será no Bairro Benfica, em Luanda, nas imediações do Supermercado Nosso Super. Durante a estadia na antiga sede da Fazenda Boa-Entrada, os naturais e amigos irão realizar a Assembleia para eleição do Presidente e dos demais órgãos da Associação e participarão de actividades culturais e desportivas.

MEMÓRIA - Em tempos áureos, a Companhia Angolana de Agricultura (CADA) tinha uma área de 14 mil 944 hectares de café. Era conhecida como "A CADA das mil produções". A dinâmica de trabalho que ali se desenvolvia deu à antiga fazenda o papel de pivot no desenvolvimento da economia angolana. As províncias do Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Uíje e Bengo juntas ainda não ultrapassam hoje as cifras de produção cafeícola apresentadas pela CADA nos seus velhos tempos.

A semente da construção da CADA foi lançada em 30 de Junho de 1919, data em que se constituiu a Companhia Fabril e Pastoril de Benguela Velha.
O proprietário, Bernardino Alves Correia, a partir de Porto Amboim foi tirando terras aos nativos para construir a 11 de Novembro de 1920 a Companhia do Amboim, que mais tarde se viria a chamar Companhia Angolana de Agricultura (CADA). Porém, Bernardino Correia, que exportava café para os EUA, Inglaterra e Alemanha, vê-se num repente impossibilitado de vender o café, o que lhe causou graves problemas financeiros.
Em 1927, Bernardo Correia, ante as dificuldades de tesouraria, decide então vender a Companhia Angolana de Agricultura a um grupo de belgas da empresa Alé e à Société Financier de Cachot. Em 1939, início da II Guerra Mundial na Europa, a Bélgica é ocupada militarmente pela Alemanha e toda a actividade política, administrativa, económica e financeira fica paralisada, o que afecta as propriedades dos belgas na CADA.
Os novos proprietários passaram a controlar e a construir a Boa Entrada/CADA, expandindo a produção do café e suas actividades.
Estes proprietários decidem, cinco anos depois, isto é, em 1944, vender a propriedade, altura em que se conclui a ponte das cachoeiras.
O governo português faz uma publicação para a venda da empresa, comprada pelo Banco Espírito Santo e pela editora Guedes de Portugal.
A partir de 1949 tornam-se donos de toda a extensão agrícola da CADA e a produção de café em 1950 aumenta para cerca de sete mil e quinhentas toneladas.


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