terça-feira, 25 de maio de 2010

DESAFIO AFRICANO

Hoje é dia 25 de Maio de 2010. É feriado alusivo ao 47º aniversário da criação da Organização de Unidade Africana no âmbito da luta contra a colonização. A bandeira das independências flutua em hastes de quase todos os países africanos, exceptuando o território do Saara, ocupado por Marrocos.
Depois da Expansão europeia, que levou a penetração e à ocupação do continente e a exploração das suas riquezas (materiais e humanas) por parte das potências industriais, hoje a África volta a estar na moda! A história não se repete, mas incrivelmente a presença estrangeira é motivada pelas mesmas razões: matérias-primas!
Ao celebrarmos o 47º aniversário, a elite académica, política, militar, empresarial e os cidadãos de uma maneira geral devemos reflictamos em conjunto para buscar o caminho, não só do crescimento económico com a ambição de melhorar os índices dos números mas que estes se convertam em desenvolvimento sustentável e melhorem as condições sociais de milhares de africanos que vivem na indigência e sem esperança no amanhã.
Não bastam as intenções dos discursos ou dos programas eleitorais é preciso que as nossas acções tenham reflexo positivo na vida de cada africano. Para o efeito, descansemos os 7 sapatos sujos antes de passarmos na soleira da modernidade africana como nos sugere Mia Couto. Não culpemos sempre os outros dos nossos problemas!
Aliás, segundo Agostinho Neto, A África parece um corpo inerte onde cada abutre vem debicar o seu pedaço!
Unamo-nos e lutemos para o desenvolvimento e a dignificação do africano.
Quem sabe faz, não espera acontecer
Estamos juntos

DESAFIO AFRICANO

Hoje é dia 25 de Maio de 2010. É feriado alusivo ao 47º aniversário da criação da Organização de Unidade Africana no âmbito da luta contra a colonização. A bandeira das independências flutua em hastes de quase todos os países africanos, exceptuando o território do Saara, ocupado por Marrocos.
Depois da Expansão europeia, que levou a penetração e à ocupação do continente e a exploração das suas riquezas (materiais e humanas) por parte das potências industriais, hoje a África volta a estar na moda! A história não se repete, mas incrivelmente a presença estrangeira é motivada pelas mesmas razões: matérias-primas!
Ao celebrarmos o 47º aniversário, a elite académica, política, militar, empresarial e os cidadãos de uma maneira geral devemos reflictamos em conjunto para buscar o caminho, não só do crescimento económico com a ambição de melhorar os índices dos números mas que estes se convertam em desenvolvimento sustentável e melhorem as condições sociais de milhares de africanos que vivem na indigência e sem esperança no amanhã.
Não bastam as intenções dos discursos ou dos programas eleitorais é preciso que as nossas acções tenham reflexo positivo na vida de cada africano. Para o efeito, descansemos os 7 sapatos sujos antes de passarmos na soleira da modernidade africana como nos sugere Mia Couto. Não culpemos sempre os outros dos nossos problemas!
Quem sabe faz, não espera acontecer
Estamos juntos

sexta-feira, 21 de maio de 2010

ANGOLANO LANÇA NO PORTO AVENTURA DE ESTUDANTE NO ESTRANGEIRO

O livro “Aventura de Estudante Angolano no Estrangeiro” do jornalista Augusto Alfredo foi apresentado na cidade do Porto, Portugal, numa edição da Corpos Editora.
A obra, escrita em forma de diário, retrata, em 250 páginas, a vida de dois estudantes que partem do país na expectativa de formar-se no estrangeiro, onde se confrontam com várias dificuldades, desde a adaptação cultural, a falta de notícias do país, na altura em guerra, bem como a saudade.
No acto de apresentação da obra a professora universitária e auditora do Instituto de Defesa Nacional do Porto Dárida Fernandes, sublinhou que quando se escreve um livro, com a intensidade deste, vivido em terras longínquas, da sua terra natal, algo de muito profundo pretende o autor despoletar e fazer permanecer no leitor. “Nesta aventura de estudante emergem histórias poema prenhes de ternura que são vividas pela saudade onde se instalam e que depois de as lermos, sentimos uma parte da felicidade que o autor semeia (…) Estas histórias são retalhos da vida e provocam em nós reflexões, plasmadas de forma significativa no sub consciente e com o sal necessário para saborear e construir pontes entre as gentes, entre os povos, numa roda sem fim”.
Os dois personagens principais Wandalika e Cativa, ao longo do enredo, vão desfiando o rosário dos seus conflitos e dramas em diálogos descontraídos onde estão em pauta os mais variados assuntos desde os corriqueiros do quotidiano, até aos desafios que perpassam o presente e futuro de Angola e do continente africano.
Para professora da Universidade Federal de Juiz de Fora – Brasil, Márcia Cristina Falabella que redigiu o prefácio, o livro de Augusto Alfredo, constitui “crónicas de uma viagem que trazem à superfície a outra face de uma história – dos combates internos à luta pela sobrevivência num território desconhecido.
Augusto Alfredo é jornalista graduado em Comunicação Social pela UFJF - Minas Gerais, Brasil, e autor do ensaio “Inquietações do Jornalismo” e do Livro-reportagem “Memórias Precoces - Luanda-Gabela, uma viagem de 30 anos”. O autor já foi editor de Economia do Jornal de Angola e professor de Teoria da Comunicação e Géneros jornalísticos no Curso de Comunicação Social da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Levaram-me até à Boca do Inferno!

Condução suave e mãos firmes segurando a direcção! Depois de ter estado no ponto mais Ocidental da Europa, desci a Boca do Inferno e lá encontrei pescadores e coleccionadores do exótico. Olhei perdido a paisagem inquieta. Regressei com relutância! Na hora da partida, o sobressalto. A esposa e a filha não apareceram para o embarque. Com maus pressentimentos na retina, corri tresloucado na passarela até à Boca do Inferno. “Não posso viver sem ti. A outra boca do Inferno apanhar-me-á…” Mas era apenas um engano que valeu suculentas gargalhadas, quando a caminho do jantar num cantinho do restaurante com o crepúsculo espreitando nas frestas das nossas almas. Imaginem! Há 50 anos, Lénia Godinho frequenta o lugar. Tinha 7 anos quando pela mão dos pais entrou pela primeira vez naquele lugar. Há 50 ela mantém uma relação de fidelidade com a equipa daquele restaurante. E o simbolismo cobre a mesa centrada por uma vela incandescente. O suspiro de gratidão substitui as palavras silenciadas, enquanto o gesto se decantava no fundo da alma de cada um! As palavras não dizem tudo! No inusitado lembro-me e busco a Ponta Padrão de Angola. Encontro-o no Soyo, província do Zaire, e tem registo da passagem de Diogo Cão por aí. Na província do Bié, está implantado o marco que assinala o centro de Angola. O Ponto mais a leste de Angola fica em Cazombo, Moxico. Rosa-dos-ventos! Aparente simples mas a geografia condiciona a cosmo visão, pois cada um de nós fala a partir de um ponto que pode ser geográfico, cultural, ético ou qualquer. Não há ponto sem azimute!